Além do olhar

Já falei que eu amo audiovisual. Mas pra mim, audiovisual é bem mais que uma "faculdade" ou um curso que pretendo cursar. A vida é audiovisual, saca? Tipo, todos os dias temos alguns momentos que queremos congelar, que queriamos ter registrado para poder voltar e assistir novamente.

Acabo de assistir um documentário chamado "Lixo extraordinário", que é uma análise do trabalho do artista plástico Vik Muniz no Jardim Gramacho, localizado na cidade de Duque de Caxias (RJ), que é um dos maiores aterros sanitários do mundo. Não sei se você já assistiu (se ainda não, eu tenho ele, é só pedir!) mas é fantástico, e para quem não sabe também, o Vik é brasileiro.

Sabe, eu não tenho certeza de quase nada na vida, a não ser minha familia que é tudo pra mim e que torna possível os meus sonhos e as minhas loucuras. Mas uma coisa é muito clara na minha mente, eu não estou aqui para ser mais uma.
Eu lido todos os dias com uma guerra psicológica criada por mim mesma, dentro da minha cabeça e do meu coração. Ás vezes luto contra isso, às vezes eu não quero sentir o que sinto. Às vezes eu falo: Pôh, Deus! Deixa queto, não vai rolar... é complicado demais. E pior que isso, a maioria das vezes eu inverto os valores. Eu deixo o ter ser maior que meus sonhos, e isso é ridículo. Mas o bom disso tudo é que eu reconheço que estou errada e vejo que é assim com todo mundo, afinal somos humanos.

Eu tenho muita sorte, sabe? Olha onde eu estou agora; sentada na minha confortável cama em uma das minhas casas escrevendo este post do meu notebook enquanto muitos que não tem tanta sorte assim estão por ai... e eu ainda tenho coragem de reclamar. E todos os dias! (ei, não me cruxifique, você faz o mesmo, e sabe disso!)

Não sei como vai ser daqui pra frente, quanto tempo vai demorar pra cair a ficha de verdade ou o que mais precisa acontecer para eu "acordar" pra vida. Mas eu sei que vai ser. Um dia, uma hora... e sei que vai ser incrível!

Não se esqueça, 99 não é 100!